Saigon... Comecemos mais uma vez pelo início, a primeira impressão. Uma cidade cheia de luz das publicidades e com mais motociclos e bicicletas do que carros... Foi assim que esta cidade, actualmente baptizada como Ho Chi Minh City me recebeu... De braços abertos e com um cartão magnético que me deu acesso a um quarto com escritório incluído espectacular!
Nunca na minha vida tirei tanta foto numa viagem... Partilho convosco esta pequena curiosidade: em três noites e três dias capturei nada mais nada menos do que 655 fotos e 4 vídeos! Imaginem a minha cara de perplexidade quando me dei conta de que tinha esgotado o meu cartão de 4GB... Mas adiante!
A primeira coisa que fiz assim que cheguei ao hotel foi levantar dinheiro pois decidi juntar-me ao resto da minha crew para jantar. Graças a essa acção, finalmente após 27 primaveras tive a noção do que é ser milionário. Levantei 1.000.000 VND (Vietnamese Dongs). Mas não se deixem enganar... Em euros isto dá qualquer coisa como €35. No fundo estes valores altíssimos baralharam-me um pouco, mas pensar em dólares ajudou ($1 = 21.000 VND).
"Ai e tal mas não estamos aqui para ver as conversões! Queremos ler cenas fixes..."
OK, OK! Calma... Lá fomos então procurar um restaurante perto do hotel e rapidamente nos decidimos a entrar no "Broken Rice".
(Mas antes de lá chegarmos tivemos que atravessar a estrada... Com um trânsito descomunal e as pequenas scooters que parecem realmente um enxame de abelhas a vir ameaçadoramente na nossa direcção. O segredo é simples: atravessar sem medo nem hesitações, sem correr e atento a tudo o que vem na nossa direcção... Eles são bastante hábeis e desviam-se! Mas sempre que se chega ao outro lado da rua é uma sensação de vitória indescritível... Como se tivesse ganho a medalha de ouro dos 100m barreiras nos jogos olímpicos.)
Tudo o que tinha arroz era servido com broken rice (arroz partido) e a conclusão a que chegámos do que seria o broken rice foi: o arroz era servido em forma de cubo e para começarmos a comer tínhamos que partir esse cubo... Logo, elementar meu caro Watson, Arroz Partido!
Este jantar foi realmente memorável! Várias pequenas histórias desde uma colega que mandou vir um sumo baptizado de Cali Thó Mõng ou Drink of Dream (creio que falharam na tradução para o inglês pois toda a gente quase que chorou assim que provou essa bebida dos sonhos), passando pelos lagartos nas paredes a darem-nos as boas-vindas até eu, em pleno restaurante snifar coca e fumar erva... ao mesmo tempo!!!!
Antes de descansar para o primeiro dia de aventura, fui dar uma volta com o meu colega Shanish a pé para digerir a loucura e saborear o ar vietnamita... Deparei-me com vários comerciantes ambulantes... Tão ambulantes que creio que passam as ou várias noites ao relento... Outra coisa foi uma imagem enorme que me faz lembrar outra imagem, creio eu dos descobrimentos portugueses. Não me lembro de onde, talvez das notas de 2.000$. Alguém se lembra?
Ainda houve tempo também para espreitar o resto do hotel incluindo, claro está, a piscina!
Dia 1 - A partida à descoberta do Mekong River
Mas antes disso tive que ir à descoberta da rua das agências de viagens para ver quem fazia melhor preço (obrigado pelo conselho, Alex!)! É sem dúvida a melhor forma de partir à descoberta. Em vez de aceitar os preços inflacionados dos hotéis, apanhámos um táxi que nos levou a essa rua. Assim que encontrámos o melhor preço, assim pensámos nós, lá fomos explorar o Mekong River (ou o contrário!).
O Oriente é realmente magicamente diferente... Tanta coisa que precisava de registar tudo não só visualmente como fotograficamente... Os edifícios tipicamente orientais, os prédios de apartamentos incrivelmente finos com quatro e cinco andares, os scooter men que conseguem levar quase tudo sobre duas rodas, as conversas cruzadas entre várias scooters, as famílias transportadas nas mesmas, o Hospital, o sistema de rega dos separadores que é um camião tanque a ir regando através de mangueiras guiadas com ajuda humana (imaginem as horas que deve demorar só para regar um quilómetro), os pais a levarem as crianças à escola como podem...
Os templos, o que em Portugal conhecemos como gaivotas, no Vetname são literalmente cisnes (piada fácil) e, finalmente, o verdadeiro início da viagem! Primeiro, escolher que chapéu hei-de levar... Escolha difícil devo dizer-vos! Fomos então de barco até uma ilha onde visitámos uma povoação típica onde fomos simpaticamente benvindos (como manda a gorjeta) oferecendo-nos iguarias típicas como o chá de mel da criação local de abelhas, juntamente com uma variedade de petiscos de gengibre, banana e amendoim... Deram-me a provar um licor típico de cobra, o qual simpaticamente me recusei embora tenha aceitado que me pusessem uma piton ao pescoço cuja sua cauda gentilmente se ia enrolando na minha perna direita...Eu só queria que segurassem bem na cabeça da menina... Que tolo!
Mais tarde, de ilha em ilha visitámos um mercado (onde queria que uma menina de cinco anos que me envia abraços através de skype, envolvendo o computador nos seus braços escolhesse o vestido que quer... Chapéu irá ter concerteza, apesar de não chegar a tempo para o Natal!), ouvimos músicas tradicionais vietnamitas numa pausa para fruta enquanto a minha colega Noemi do Brasil se deliciava a saborear umas Lays de sabor a churrasco brasileiro, qual cinema e onde me desafiaram a cantar também (onde está a minha gorjeta?), andámos nas canoas típicas, visitámos uma fábrica de doces de côco artesanais;
Almoçámos um peixe-baleia frito com legumes envolto numa folha de arroz... Maravilhoso! E tive uma das melhores experiências em toda a minha vida... Andar de bicicleta no meio de uma pequena povoação vietnamita. Liberdade! Em contacto literal com a natureza... Um contacto de tal maneira forte que uma chuva torrencial desabou e nem assim consegui conter a minha felicidade, quanto mais procurar abrigo! Está registado no vídeo que se segue... Tudo isto não necessariamente na mesma ordem, já que andar de bicicleta depois do almoço não é lá muito indicado.
E depois deste dia atribulado, nada como regressar à minha casa temporária... No momento em que vos relato estas histórias também preciso de descansar... Vou agora até às Maldivas, talvez vos conte o resto a partir da praia! Deixo-vos assim esta "pequena" amostra do que foi Saigon...
Dia 2 - A gatinhar nos Cu Chi Tunnels
Cá estou eu outra vez para vos relatar o resto desta fantástica viagem... Sempre a conhecer o máximo possível no menor tempo possível! Optámos então por visitar um dos cenários pertencentes à Guerra do Vietname, onde a arte e o engenho dos vietnamitas em construir um complexo labirinto de túneis que conseguia ligar uma cidade inteira somente com a ajuda de uma pequena pá e um cesto de verga, e armadilhas ajudou-os a vencer a guerra através do elemento surpresa!
Cenário este com esconderijos, casernas debaixo de terra, incluindo enfermarias, crateras deixadas por bombas deflagradas... Enfim... Um cenário neste momento pacífico, mas que nos faz imaginar o quão ensurdecedor e dantesco foi com a ajuda do barulho das balas a serem disparadas pelas armas reais da época no campo de tiro. Misturando isto, vemos também como se produzem as folhas de arroz para mais tarde serem cozinhadas que alimentou milhares de combatentes e ainda uma máquina amarela que creio não ter servido para ajudar a escavar os estreitos mas compridos túneis!
Claro que para finalizar esta visita tive que comer a ração de combate! Chá de mel e batata cozida com uma mistela de sal e amendoim... Ou qualquer coisa parecida!
Claro que no regresso ainda houve tempo para muito mais fotografias... Numa cidade de scooters, não podia deixar de haver stands de vendas de scooters de todas as marcas... Só registei o da minha antiga Honda Vision que me deixou a pé quase uma dúzia de vezes mas para terem noção há stands de vendas que são autênticas boutiques não só de motos como de acessórios... Algumas loucuras à lá Raiden de Mortal Kombat e a mais uma forma de liberdade: nadar ao sabor de uma chuva torrencial!
Good Morning, Vietnam!
Fui feliz em Ho Chi Minh...
Dia 2 - A gatinhar nos Cu Chi Tunnels
Cá estou eu outra vez para vos relatar o resto desta fantástica viagem... Sempre a conhecer o máximo possível no menor tempo possível! Optámos então por visitar um dos cenários pertencentes à Guerra do Vietname, onde a arte e o engenho dos vietnamitas em construir um complexo labirinto de túneis que conseguia ligar uma cidade inteira somente com a ajuda de uma pequena pá e um cesto de verga, e armadilhas ajudou-os a vencer a guerra através do elemento surpresa!
Cenário este com esconderijos, casernas debaixo de terra, incluindo enfermarias, crateras deixadas por bombas deflagradas... Enfim... Um cenário neste momento pacífico, mas que nos faz imaginar o quão ensurdecedor e dantesco foi com a ajuda do barulho das balas a serem disparadas pelas armas reais da época no campo de tiro. Misturando isto, vemos também como se produzem as folhas de arroz para mais tarde serem cozinhadas que alimentou milhares de combatentes e ainda uma máquina amarela que creio não ter servido para ajudar a escavar os estreitos mas compridos túneis!
Claro que para finalizar esta visita tive que comer a ração de combate! Chá de mel e batata cozida com uma mistela de sal e amendoim... Ou qualquer coisa parecida!
Claro que no regresso ainda houve tempo para muito mais fotografias... Numa cidade de scooters, não podia deixar de haver stands de vendas de scooters de todas as marcas... Só registei o da minha antiga Honda Vision que me deixou a pé quase uma dúzia de vezes mas para terem noção há stands de vendas que são autênticas boutiques não só de motos como de acessórios... Algumas loucuras à lá Raiden de Mortal Kombat e a mais uma forma de liberdade: nadar ao sabor de uma chuva torrencial!
Good Morning, Vietnam!
Fui feliz em Ho Chi Minh...
3 comentários:
A foto da coca e da erva ganhou...Espetacular...E o video está de chorar a rir...
Com este post parece que estive no vietname, brutal... só não gostei da còr da água do rio, aqui sempre é mais azul...
@Rita Xoné: Que bom que gostaste da foto, mas não imaginas a moca que apanhei... Mais um pouco e virava para a overdose! Quanto ao vídeo... Hmmmmm... Onde está a piada? Ahahahahah!
@Nela: Ah sim... O azul dos nossos rios... Mas esta cor não é de poluição, é da lama que também é utilizada nos ilhéus para deter as marés... Em contraste temos sempre os fantásticos azuis das Maldivas também! E obrigado, Nela! Ainda bem que sentiste isso pois é mesmo esse o meu objectivo!
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