domingo, 8 de janeiro de 2012

Calecute, Índia


E se começar por dizer que não consigo dizer muito deste destino? Não querendo dizer com isto que estou a fazer jus ao que me disseram sobre Calecute (cidade anteriormente conhecida como Calicut, sendo agora Kozhikode, embora em português se continue a chamar de Calecute), que não tem nada para ver e para fazer. É mentira! Se chegarem lá e abrirem bem os olhos e a mente, recebem tanto como eu recebi... É verdade! Não consigo descrever muito bem o que senti, por isso nada melhor do que as fotografias que tirei que gravaram momentos inesquecíveis sendo os que mais se destacaram a forma e admiração com que as crianças me olharam, querendo fazer parte de uma imagem para mais tarde recordar ou partilhar dos seus feitos e sorrisos, como um grupo a querer mostrar o seu artista a dar mortais à retaguarda na praia e de um senhor de alguma idade numa oficina de uma esquina que quando me viu de câmara em punho me fez sinal de querer que eu lhe tirasse uma foto. Acedi imediatamente à bondade do seu gesto... Tirei e mostrei-lhe... Ficou tão embevecido que sem conseguir mostrar em palavras o que sentiu olhou para cima e passou-me a mão na minha cabeça como se me estivesse a abençoar... Acredito que foi isso que me fez. Querendo eu retribuir, pois isto foi um presente também para mim, quis que fosse ele a ter a oportunidade de tirar uma fotografia a mim... Queria mostrar-lhe que ele também conseguia fazê-lo. Com a ajuda de vários intérpretes e de duas tentativas, conseguiu! E que sorriso me mostrou... Inesquecível! Da próxima vez que voltar vou-lhe oferecer o seu retrato.



Quanto ao trânsito... Só tenho a dizer que de cada vez que olhava para a estrada prometia a mim mesmo que não iria olhar outra vez! Para terem uma pequena ideia, de uma pequena estrada com dois sentidos conseguem fazer uma auto-estrada de quatro e cinco faixas... Não me perguntem como!


Praia... Corvos no lugar de gaivotas, crianças a pular e a segurar gaivotas de papel... Famílias a passear... Dromedários, cavalos e árvores fortes e saudáveis no meio da areia e outras que para crescer têm que estar fechadas numa jaula... Cenário único!


P.S.: Claro que em pouco tempo de estadia e sem piscina a funcionar num calor abrasador e com esgotos a céu aberto a serem descarregados directamente na praia, não há assim tantas opções de fuga... Mas há sempre um copo meio cheio no lugar de um meio vazio!

2 comentários:

nelinha3 disse...

Se aquela foto que tem um sorriso de orelha a orelha foi a tirada pelo homem indiano, saiu-se muito bem , para, quiçá, uma 1ª vez.
Continua a ver o copo meio cheio, é sempre o melhor....

Tiago Peres disse...

Sempre... (Sim, saiu-se mesmo como um profissional!)